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Jornadas confirmam vitalidade das análises clínicas e genética humana

05 Fevereiro 2024
Jornadas confirmam vitalidade das análises clínicas e genética humana
Com cinco anos de interregno, o Conselho do Colégio de Especialidade de Análises Clínicas e de Genética Humana da Ordem dos Farmacêuticos (CCEACGH-OF) voltou a organizar as Jornadas Científicas de Análises Clínicas no seu formato mais tradicional, juntando, no Porto, perto de duas centenas de farmacêuticos das áreas das Análises Clínicas e da Genética Humana de Portugal e Espanha.

Na sua 23.ª edição, estas Jornadas Científicas de Análises Clínicas voltaram a evidenciar as qualificações dos farmacêuticos que seguem atividade na área laboratorial e o seu compromisso na implementação da estratégia definida pela OF para valorização e rejuvenescimento profissional num setor imprescindível nos cuidados de saúde.

Os farmacêuticos que trabalham nas Análises Clínicas e na Genética Humana estiveram reunidos este fim-de-semana, no Porto, por ocasião das XXIII Jornadas Científicas de Análises Clínicas e de Genética Humana e XIV Jornadas Ibéricas de Análises Clínicas, numa organização conjunta do CCEACGH-OF e da Associação Espanhola do Laboratório Clínico (AEFA).

O evento retomou o seu formato presencial, juntando perto de duas centenas de farmacêuticos analistas de todo o país para uma nova oportunidade para atualização de conhecimentos, partilha de informação e de experiências sobre o exercício da profissão farmacêutica no ramo laboratorial.

A abertura das jornadas contou com a participação do bastonário da OF, Helder Mota Filipe, da presidente do CCEACGH-OF, Leonor Correia, e do presidente da AEFA, Antonio Rider Pérez, e o programa incluiu sessões de debate e apresentações sobre os avanços científicos em áreas como a hematologia, hemato-oncologia, microbiologia, bioquímica, imunologia e genética humana.

Conforme foi realçado pelo bastonário no início dos trabalhos, o setor das análises clínicas e dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica enfrenta atualmente um período extremamente desafiante, com dificuldades idênticas aos cuidados assistenciais prestados no Serviço Nacional de Saúde (SNS), devido a um acentuado desinvestimento em instalações, equipamentos e recursos humanos.

A OF tem vindo a promover uma reflexão interna sobre estas duas áreas profissionais, da qual resultou uma Estratégia para as Especialidades de Análises Clínicas e de Genética Humana, que assenta em três pilares fundamentais: a caraterização do setor; o reforço da sua componente técnico-científica; e afirmação como área estratégica no âmbito da saúde pública.

Com esta nova estratégia, a Ordem espera aumentar a atratividade dos farmacêuticos pelas áreas ligadas às análises e realçar a diferenciação das suas qualificações profissionais, que lhes proporciona uma visão e abordagem integrada do doente e o acesso a cargos e a funções reservados a médicos e farmacêuticos especialistas.

A OF tem vindo a denunciar a discriminação dos farmacêuticos especialistas em Análises Clínicas no acesso às direções de serviço e nas escalas dos Serviços de Urgência. A Ordem tem também alertado para a necessidade de aumentar o número de vagas para farmacêuticos residentes nos Serviços de Patologia Clínica e de Genética Médica, como forma de impulsionar a sua formação especializada, assegurando a renovação geracional do quadro de farmacêuticos no SNS e nos serviços de patologia clínica, de forma muito particular.

Instituída em 2017, a Carreira Farmacêutica no SNS integra também os farmacêuticos das áreas das Análises Clínicas e na Genética Humana, que trabalham em laboratórios centrais do Estado e Serviços de Patologia Clínica hospitalar, entre outros.

No setor privado e social, a OF tem vindo alertar as autoridades e decisores para os problemas de sustentabilidade dos pequenos e médios laboratórios independentes, que prestam um serviço de proximidade fundamental para as populações mais isoladas. Ao longo de várias décadas, estas unidades asseguraram o acesso da população aos meios complementares de diagnóstico a terapêutica, num regime de convenção com o SNS que garantia a prestação do serviço a preços controlados. Iniciativas de internalização das análises clínicas em alguns centros hospitalares e unidades locais de saúde ameaçam a equidade de acesso a estes serviços.

A OF regista atualmente cerca de 800 farmacêuticos em exercício na área das Análises Clínicas e da Genética Humana, a grande maioria dos quais com a respetiva especialização concluída, exercendo em unidades publicas, privadas e do setor social. Outrora a segunda área profissional com mais farmacêuticos, logo após a Farmácia Comunitária, as Análises Clínicas são hoje a quinta área profissional com maior número de farmacêuticos.

Os meios complementares de diagnóstico e terapêutica e as análises clínicas, de forma muito particular, são determinantes para a qualidade e a segurança na prática clínica, suportando cerca de 70% das decisões clínicas e permitindo também a monitorização do efeito das terapêuticas instituídas e a sua personalização.

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