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INE explica números da mortalidade em ano de pandemia
19 Maio 2022
As doenças do aparelho circulatório continuam a ser a principal causa de morte em Portugal. Representam 28% do total de óbitos no país, um valor bem acima dos 5,8% justificados pela pandemia de COVID-19. Ainda assim, os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) demonstram o impacto da pandemia na mortalidade registada no nosso país. Entre as causas de morte mais comuns, apenas os acidentes vasculares cerebrais registaram um aumento em 2020. As doenças do aparelho respiratório (não-COVID) e os tumores malignos da traqueia, brônquios, pulmão, cólon, reto e ânus mantiveram uma tendência de descida.
A COVID-19 foi responsável por 7.215 mortes em Portugal em 2020, um número apenas ultrapassado pelos acidentes vasculares cerebrais, com 11.439 mortes registadas em Portugal no mesmo período.
No seu todo, as doenças do aparelho circulatório causaram 34.593 mortes em Portugal durante o ano de 2020, registando-se, contudo, reduções no número de mortes por doença isquémica do coração e o enfarte agudo do miocárdio apresentam reduções face ao ano anterior, ambas com menos 4,4%.
A Organização Mundial da Saúde não inclui a COVID-19 no grupo de doenças do aparelho respiratório, pelo que os números globais revelam uma redução de 8%, representando 9,1% da mortalidade registada no país nesse ano. Dos 11.266 óbitos registados, 4.359 são provocados por pneumonia, que registou mais uma forte redução em relação ao ano anterior (7,3%).
Entre os tumores malignos, a traqueia, brônquios, pulmão representam 3,5% das mortes no país (4.318), menos 2% do que em 2019. Os tumores do cólon, reto e ânus apresentam quedas mais acentuadas (3,4%), com um total de 3.810 óbitos.
O relatório publicado pelo INE detalha a mortalidade por COVID-19 em Portugal durante o ano de 2020, mas debruça-se também sobre as causas de morte mais frequentes registadas no nosso país ao longo dos últimos anos.
Consulte a nota emitida pelo INE sobre a mortalidade em Portugal em 2020